Foto: Rafael Diniz
-“Há quarenta anos que eu pago essa
promessa e tem sido uma benção na minha vida” – a aposentada Dona Francisca
relata quando indagada sobre o porquê de andar descalça no percurso traçado
para a procissão.
O novenário da Padroeira de
Araripina – Imaculada Conceição – iniciou a sua programação no
dia 28 de novembro e encerra com a procissão pelas principais ruas da cidade no
dia 08 de dezembro.
É impressionante presenciar que com
os festejos deste ano, pelo menos o que pude perceber, trouxe de volta um pouco
da nostalgia de quando essa grandiosa festa acontecia quando ainda eram
realizados também os eventos profanos.
O velho palco ao lado da Igreja
Matriz – majestosa como sempre – deu lugar para os artistas da terra se apresentarem
logo após as celebrações campais, e bem ao lado a quermesse trazia uma atrativo
a mais para aglomeração das pessoas, que além de aproveitar as comidas típicas,
ainda usufruíam de uma boa música.
Saudosismo a parte, a festa da
Padroeira em Araripina é um evento religioso que mostra o tamanho da força da Nação
Católica, que consegue unir em um mesmo espaço todas as gerações, classes
sociais, estimuladas pela força da fé e da esperança. É como se você voltasse
no tempo. A Bandinha tocando no final da procissão, roupa nova para acompanhar
todo o trajeto, as folhas de coqueiros para benzer, as cinzas na testa em sinal
de cruz como prova de devoção. Dar uma saudade.
Agora o bom mesmo ao final de todo
o festejo da padroeira, é ver de perto toda aquela multidão que segue em
caminhada, descalço, vestido de branco, com o terço na mão, o véu, adornos e muita fé,
demonstrando que a força do catolicismo ainda impressiona pela capacidade de
aglomerar tanta diversidade.
Hoje, dia 08 de dezembro de 2014,
eu presencie essa força que nutre no católico a esperança de um Deus que ama a
todos que professa sua fé, das mais diversas maneiras.
Imaculada Conceição
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